Você sabe quem foi o primeiro vilão homem? E qual deles teve uma de suas principais características inspiradas no dublador original?
Os vilões da Disney são conhecidos por assombrar nossos pesadelos, mas fazem isso com muito estilo e personalidade. Da Rainha Má à Malevóla e do Gaston ao Scar, todos eles são marcantes e divertidos (por que não?). Mas você sabe como alguns deles foram criados?
Conheça alguns dos fatos por trás da formação desses personagens tão icônicos, que você sempre pode ver e rever no Disney+.
A Rainha Má de Branca de Neve não era a mais bonita, mas conseguiu outro título importante
Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem de animação da Disney, o que faz com que a Rainha Má, a madrasta invejosa da princesa, seja também a primeira grande vilã da história da empresa.
No entanto, esse não é o título mais honorável que ela carrega. Ela foi a primeira personagem a ter voz em um filme de animação de longa-metragem. Quem deu vida a ela no original foi Lucille LaVerne.
Ela, inclusive, faz o papel da rainha tanto em sua forma original como também em seu disfarce de velha. Para isso, ela retirou sua dentadura e subiu o tom da voz em uma oitava.
Duas vilãs em uma só
A malvada madrasta da Cinderela e a bruxa Malévola, de A Bela Adormecida, foram interpretadas pela mesma atriz, já que os produtores acharam que sua voz possuía um tom “vilanesco” especial.
Eleanor Audley realizou a dublagem de Lady Tremaine em 1950 e a da antagonista de Aurora em 1959.
Além disso, Audley também dublou Madame Leota, em uma das atrações mais famosas dos parques da Disney, Mansão Mal-Assombrada.
Cruella, criação de um pai só
Apesar da maioria dos personagens de animação ser uma criação em conjunto com vários desenhistas, uma das mais icônicas vilãs da Disney nasceu das mãos de um único animador, Marc Davis.
Cruella De Vil, a estilista do filme de 1961, 101 Dálmatas, foi criada como personagem por Dodie Smith, a autora do livro que deu origem ao longa. No entanto, foi Davis quem criou a figura que ficou marcada em nossa imaginação, da mulher magrela e embrulhada em um casaco de peles gigante.
Duplo gancho
Você sabia que desde que a peça de Peter Pan foi encenada no início do século 20, os atores que interpretam o pai dos Darling e o Capitão Gancho são a mesma pessoa?
Há muitas teorias sobre o que isso possa significar na história, mas nenhuma delas foi atestada pelos criadores e produtores das várias versões. Apenas se sabe que é uma tradição e, por isso, os criadores da versão animada da Disney de 1953 não desviaram dela.
No filme As Aventuras de Peter Pan, além do Capitão Gancho apresentar características físicas parecidas com o pai de Wendy, João e Miguel, eles também são dublados pela mesma pessoa.
Primeiro homem vilão
Apesar da Rainha Má ter sido a primeira vilã da Disney, foi só em 1991 que tivemos nosso primeiro vilão homem produzido pela companhia.
O narcisista Gaston é o antagonista do filme A Bela e A Fera e foi o primeiro do sexo masculino a ocupar o papel central do “lado sombrio da força” em um filme de animação da empresa.
Homens já haviam sido retratados como capangas ou assistentes de vilãs em outros filmes, mas aqui ele dá as ordens e manipula os habitantes da vila a ficarem contra a Fera.
Falando em Gaston...
Gaston, de A Bela e A Fera, Jafar, de Aladdin, e Scar, de O Rei Leão, foram todos criados sob o comando do mesmo animador, Andreas Deja.
Em seu blog, Deja conta que primeiro criou Gaston extremamente caricaturado, mas lhe foi solicitado que o tornasse mais bonito. Irritado, ele pediu ajuda a sua equipe, que o auxiliou a encontrar um meio termo entre o galã e o maléfico.
A arte imita a vida
Apesar da maioria dos personagens serem criados na sala de roteiristas, muitas vezes os atores que dão vida a eles emprestam alguns de seus maneirismos, incrementando o papel aqui e ali.
Foi o que aconteceu com o vilão de Hércules, Hades. O dublador original, James Woods, resolveu fazer o teste para o personagem interpretando-o como um falador compulsivo, uma espécie de vendedor de automóveis espertalhão. Os escritores gostaram tanto de seu toque que incluíram essa característica no roteiro e, obviamente, dando o papel a Woods.
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